Ficha técnica

Capital --> Edimburgo

Cidade mais populosa --> Glasgow

Língua oficial --> Gaélico escocês e inglês

Governo --> Monarquia Constitucional

Monarca do Reino Unido --> Elizabeth II

Primeiro-ministro do Reino Unido --> Gordon Brown

Primeiro-ministro da Escócia --> Alex Salmond

Moeda --> Libra esterlina (GBP)

Website governamental --> http://www.scotland.gov.uk

 

A História da Escócia

Introdução.

Castelo de Edimburgo - Foto tirada por Hamilton AlvesEste é um dos países mais incríveis que já pude conhecer. Apesar de que sou suspeito para falar, pois eu sou um apaixonado pela Escócia, mas sem dúvidas vale a pena visitar. Um dos pontos mais altos da Escócia é o seu povo. Eles são alegres e atenciosos, são hospitaleiros, gostam de uma boa festa e sabem receber como ninguém, exatamente como a maioria dos brasileiros. Lá, o ditado popular "o amigo de meu amigo é meu amigo também", funciona na íntegra. O senso de ajuda que o povo escocês tem é incrível. Eles são fantásticos.

A história deste país milenar, é contada até hoje como se tudo tivesse acontecido ontem. Eles são muito orgulhosos de serem Escoceses e isto esta estampado no sorriso de cada um deles quando o assunto é Escócia. Até mesmo numa canção entoada nos campos de futebol/Rugbi (O' Flower of Scotland) eles relembram seus heróis e exaltam o fato da Escócia ser uma nação livre novamente.

A Escócia (em gaélico escocês Alba; em scots e em inglês Scotland ) é uma das nações que integram o Reino Unido (Inglaterra, Escócia, País de Gales e Irlanda do Norte) e tem como capital Edimburgo, uma das cidades mais incríveis da Escócia, que se configura hoje como um dos maiores centros financeiros da Europa.

A Escócia Antiga, Medieval e Contemporânea

A história escrita da Escócia começa, em linhas gerais, com a ocupação do sul e do centro da Grã-Bretanha pelo Império Romano, território transformado na província romana da Britânia e que equivale atualmente à Inglaterra e ao País de Gales. O norte da ilha, conhecido como Caledônia e habitado pelos Pictos ehttp://www.clanmachamilton.com.br/Imagens/Hadrian_wall_at_Greenhead_Lough.jpg Celtas, não foi conquistado pelos romanos. O Reino da Escócia foi fundado em 843, quando Kenneth I se tornou rei dos Pictos e dos Escotos.

É impossível falar em história na Escócia sem comentar sobre as guerras e as diversas tentativas de conquista deste povo guerreiro. Uma das primeiras tentativas que se tem notícias, foi a invasão Romana, por volta do século primeiro e que durou 350 anos. O máximo que os romanos fizeram foi construir, no ano 120, uma muralha para separar a Britânia dos Scots, muralha esta que está em pé até hoje e é conhecida como a Muralha de Adriano (o "César" que a construiu). Após isso, no século V, os Anglos e os Saxões vindos da Alemanha, decidiram Guilherme o Conquistadorse estabelecer na ilha e expulsaram os romanos.

Em 1066, os normandos (Vikings), liderados por "Guilherme O Conquistador", derrotaram os Anglo-Saxões (Ingleses) e assumiram o controle da Ilha. Na ocasião, Guilherme derrotou o Rei Haroldo, na famosa batalha de Hastings. A Escócia permanecia intacta a todos estes acontecimentos, apesar de serem encontrados traços da herança nórdica ao extremo norte, onde os habitantes de Shetland dão boas-vindas ao sol durante o "Up Hally Aa", a festa de fogos Viking.

Mas tarde teriam início os conflitos dentro da própria ilha com a poderosa vizinha Inglaterra. Uma disputa pelo trono permitiu que Eduardo I da Inglaterra tentasse coroar um fantoche seu como rei da Escócia. A resistência escocesa, liderada por William Wallace, O BRAVEHEART, na batalha de Stirling (1297) e, mais tarde, por Robert Bruce, fez com que este fosse coroado Rei da Escócia em março de 1306 e saísse vito Robert Bruce - Estátua do Castelo de Edimburgorioso na batalha de Bannockburn, contra os ingleses, em 1314. Até hoje estes William Wallace - Estátua do Castelo de Edimburgodois ícones da história escocesa são reverenciados. Existem estátuas deles por toda a Escócia, ornamentando a entrada de Castelos, como o de Edimburgo. No caso de William Wallace, os escoceses ergueram um monumento gigantesco em Stirling, que pode ser visto de muito longe, e que abriga, dentre várias relíquias, a espada usada há mais de 700 anos, em uma redoma de vidro. Vale a pena conferir.

Uma Segunda Guerra de Independência Escocesa eclodiu no período 1332-1357 quando Edward Balliol tentou tomar o poder com o apoio do monarca inglês. O quadro político escocês voltou a estabilizar-se com a emergência da Casa de Stuart nos anos 1370.

 

A história de união política entre a Escócia e a Inglaterra começou quando Jaime IV da Escócia casou-se com Margarida Tudor, filha de Henrique VII, em 1503. Quando seu irmão Henrique VIII subiu ao trono, Jaime tentou declarar independência, mas foi derrotado e assassinado em Flodden Field em 1513. A partir daí, Henrique VIII iniciou uma verdadeira caçada aos descendentes de Jaime IV, mas deixou escapar figuras importantes, tais como Mary Stuart a neta de Jaime IV, que escreveria importantes páginas desta história.

Mary Stuart - Queen of ScotsMary Stuart ,que mais tarde seria a Rainha dos Escoceses (Queen of Scots), filha de Jaime V (Rei da Escócia) e da francesa Maria de Guise, casou-se em 1558 com o herdeiro do trono francês para reforçar a Audi Alliance entre a Escócia e a França. Aos 18 anos ficou viúva e retornou à Escócia para assumir o trono.

Mary Stuart casou-se novamente em 1565 com seu primo Henrique Stuart, conde de Darnley, também aspirante ao trono inglês, e com ele teve um filho, o futuro Jaime VI Rei da Escócia e Jaime I Rei da Inglaterra. Viúva (1567), três meses depois se casou com o Conde de Bothwell, que era acusado de ser amante da Rainha e de ter assassinado o seu marido, o que desagradou a todos, inclusive à nobreza. Na época, existia um religioso muito influente, chamado John Nox, que conseguiu o apoio dos protestantes e criou a igreja Presbiteriana em 1560. A tendência religiosa de Mary, que era católica, associada a outros fatos, fez com que ela abdicasse ao trono da Escócia em favor de seu filho, Jaime VI, refugiando-se na Inglaterra. Como havia grande desconfiança que ela poderia brigar pelo trono inglês, e por ser a católica, era vista como um grande perigo aos ideais protestantes da Inglaterra. Por este motivo, A Rainha da Ingleterra, Elizabeth I, sua prima, filha de Henrique VIII e Ana Bolena, a manteve prisioneira durante quase 20 anos, Elizabeth I, Rainha da Inglaterra, recebia grande pressão da nobreza para executar Mary Stuart. Acusada de participar de um complô para libertá-la, Mary Stuart foi julgada e decapitada, supostamente por ordens de sua prima, Elizabeth I.

Declaration of Scottish independence. The Declation of Arbroth - 1320

Anos depois da execução de Mary Stuart, morre Elizabeth I em 1603, e por ironia do destino, ela não deixa herdeiros direto ao trono inglês, e com isso, o filho de Mary Stuart, Jaime VI da Escócia, ocupou o trono inglês com o nome de Jaime I. Ele reinou sobre ambos os países, incluindo a Irlanda, e uniu as coroas, mas apenas 100 anos depois, em 1707, os parlamentos escoceses e ingleses foram formalmente unidos.

É neste momento que a história da Escócia se funde com a história da Inglaterra, e tem início uma batalha por convicções religiosas que proporcionou a queda e ascensão de vários reinados.

Jaime I reinou de 1603 até 1625, quando chegou a falecer, aos 58 anos. Seu reinado foi marcado por vários levantes e conspirações, além das brigas com o parlamento. Uma das cosnpirações mais famosas, foi a Cospiração da Pólvora, na qual os insurgentes iriam explodir o Parlamento no momento em que o Rei e os Lordes estivéssem reunidos. A conspiração vazou e todoso foram condenados a morte. Como já dito antes, foi grande entusiasta da união das coroas escocesa e inglesa sob o comando de um único monarca.

Com a morte do Rei Jaime I, e de seu filho mais velho, de febre tifóide, o segundo filho de Jaime, Carlos, foi coroado Rei da Inglaterra, Escócia e Irlanda, em 1625, e passou a ser conhecido como Carlos I. Católico como seu pai, marcou seu reinado com intensas brigas contra o palamento, chegando a dossolvê-lo no período de 1629 a 1640, quando governou absoluto. Este período foi conhecido como os 11 anos de tirania.

Finalmente, em 1642, tem início uma verdadeira guerra civil na Inglaterra, e com isso a Revolução Inglesa toma forma, e surge um nome de forte impacto neste conflito: Oliver Cromwell, um militar de alta patente, que liderou a derrubada do Rei Carlos I, que prontamente fugiu para a Escócia. Neste momento era criado o Protetorada da Inglaterra, e surgia uma república, que foi governada por Cromwell, denominada Commonwealth of England. O Rei Carlos I foi condenado pela Câmara dos Comuns e executado em 1649. Ele foi o primeiro monarca a ser julgado na história da Inglaterra. Seu corpo foi sepultado na Capela do Castelo de Windsor.

Cromwell, entitulado Lord Protetor da Commonwhealth da Inglaterra, Irlanda e Escócia, ficou no poder até 1658, quando veio a morrer, passando o poder para seu filho, Richard Cromwell. Mas faltava muito para o jovem Richard agir como um Lord Protetor, e seu governo dura apenas oito meses. Logo após a eleição do novo Parlamento, eles decidem por encerrar o Protetorado e reestabelecer a monarquia dos Stuarts, e trazem de volta ao poder o filho de Carlos I, Carlos II, que fica no poder de 1660 até 1685.

Carlos II assumiu o poder iniciou uma verdadeira caça aos que julgaram seu pai e os executou. Carlos II enfrentou grandes problemas em seu reinado, sendo os maiores deles a Peste Negra e o grande incêndio de Londres. Era casa com a Catarina de Bragança, filha do Rei de Portugaa, João IV. Era um mulherengo sem conserto, e teve vários filhos fora de seu casamento. Chegou até a reconhecer 14 deles, mas todos eram ilegítimos. Carlos II não conseguiu ter filhos com Catarina de Bragança, e após sua repetina morte em 1685, seu irmão, Jaime, Duque de York, foi nomeado Rei Jaime II da Inglaterra.

Três anos depois, em 1688, o palamento, insatisfeito com as idéias católicas e de tolerância religiosa, convidou o Príncipe de Orange, Guilherme, para vir à Inglaterra. Ele era genro do Rei Jaime II, casado com Maria Stuart, mais tarde seria conhecida com Maria II. Como ficou claro para o Rei Jaime II que esta visita mais parecia uma invasão, sem apoio, ele abandonou o trono e se refugiou na França. Desta forma, o parlamento deu o trono à sua filha, que passara a se chamar Rainha Maria II e Rei Guilherme de Orange, ambos protestantes.

A Rainha Maria II veio a falecer, poucos anos depois o Rei Gulherme também faleceu, o trono foi repassado à irmã de Maria Segunda, Ana I, que governou até 1714. Com sua morte, morreria também a dinastia escocesa da casa dos Stuarts no comando da Inglaterra, Escócia e Irlanda. Quem assumiu foi um primo distante, da casa dos Hanover. Um dos principais atos do reinado de Ana I foi a união de fato de direito dos parlamentos da Escócia e da Inglaterra, 100 anos depois de Jaime I ter iniciado esta empreitada, criando o Reino Unido da Grã-Bretanha.

Os parlamentos somente se separariam em 1998, com a criação do Novo Parlamento Escocês.

O chefe de Estado na Escócia é a monarca britânica, atualmente Elizabeth II (desde 1952), casada como Príncipe Philip, Duque de Edimburgo.

Porém, existe descentralização dos poderes executivo e legislativo em determinadas áreas, que foram constitucionalmente delegadas ao Governo escocês e ao Parlamento escocês.

A Escócia continua a ter Estado e jurisdição separados para fins de direito internacional. O Parlamento próprio e o sistema de ensino escocês, bem como a Igreja da Escócia, têm permitido a continuação da cultura e da identidade nacional desde a união.

As tradições são mantidas e repassadas há gerações. Isso é impressionante. Prices Street/Edinburgh - Foto tirada por Hamilton AlvesA arquitetura preservada em estilo predominante medieval, embeleza uma de suas principais cidades: Edimburgo, e espalha-se pelo restante do país. A Old Town (centro antigo da cidade de Edimburgo) nos remete à Idade Média quando passamos pelos becos (Courts) existentes na Royal Mile. E quando o assunto é cultura, basta ir nas cidades das Terras Altas (Highlands) e perceber que o tempo não passou, pois existem cidades nas quais o Gaélico, idioma original da Escócia, ainda é falado, inclusive conta com programas de TVs específicos que transmitem concursos de músicas e tudo mais. Quando estive em Oban pude testemunhar isso.

Pelo fato de fazer parte do Reino Unido (UK - United Kngdom) juntamente com Inglaterra, País de Gales e Irlanda, muitos dos feitos dos Escoceses são repassados pela grande mídia como feitos dos Britânicos, o que não deixa de ser verdade, mas pelo fato de associarmos Britânicos aos Ingleses, nos passa despercebida a origem. Vale a pena ressaltar que a Escócia é um celeiro de talentos, cujas "obras" modificaram a maneira de viver no resto do mundo. Podemos citar facilmente nomes de grande importância para a humanidade, como por exemplo Alexander Fleming, David Linvingstone , descobridor da Penicilina, James Watt, criador da primeiro motor a vapor durante a revolução industrial. No século 19, Adam Simpson descobriu as qualidades anestésicas do clorofórmio. James Young desenvolveu a primeira refinaria de petróleo do mundo e Alexander Graham Bell revolucionou as comunicações quando inventou o telefone.

Castelo do Lago - Foto tirada por Hamilton Alves

Vale a pena incluir no seu roteiro este país de paisagens de tirar o fôlego, com montanhas majestosas, cuja história foi forjada com muita raça e força de vontade.

Gostaria de convidar vocês a "viajar" comigo nas próximas páginas deste site, através de histórias vividas por mim e de pesquisas fitas em diversos livros e websites. Vamos conhecer um pouco mais da terra do Kilt, Whisky e dos Castelos. Sejam bem-vindos à Escócia. (início)

 

 

Cultura

A Escócia tem uma forte tradição intelectual e literária, que é representada por grandes nomes, tais como: O poeta Robert Burns, Os escritores romancistas Robert Louis Stevenson e Walter Scott (A Dama do Lago e Coleção Waverly), além do filósofo David Hume. Quando o assunto é cultura, a capital Edimburgo sedia um dos festivais culturais mais importantes da Europa. Apresentação do Edinburgh Military TattooDentre as mais diversas atrações musicais, literárias e teatrais, está o Edinburgh Military Tattoo (www.edinburgh-tattoo.co.uk), festival que acontece na esplanada do Castelo de Edimburgo e conta com atrações de vários lugares do mundo.

Mas sem dúvida alguma, o show a parte dado pelos grupos de gaitas de foles é o ponto mais alto do festival. As ruas próximas ao Castelo de Edimburgo ficam lotadas de artistas anônimos, misturados aos turistas dos mais diversos locais. Todo esse movimento é muito importante para aquecer a economia local e reforçar os laços culturais.

O Tartan, tradicional tecido em lã que representa cores e padronagens específicas de cada família ou Clã (clan em inglês), é a base para uma das vestes masculinas mais inusitadas do mundo: O Kilt . Este tradicional traje é bastante utilizado nas Highlands e hoje em dia está espalhado por vários outros países. Ele é, sem dúvidas, uma marca registrada da Escócia. Vale a pena conferir um pouco mais acessando o menu da página principal. Lá você encontrará muito mais informações sobre Clans, Tartans & Kilt.

Nas esquinas dos principais centros na Escócia ainda é possível ouvir uma gaita de foles entoando canções históricas e hits de sucesso. Na Princes Street em Edimburgo, é fácil encontrar um tocador de gaita de foles (bagpiper), devidamente uniformizado e sempre atencioso. (início)

É lógico que o Whisky é parte integrante e importante na cultura escocesa. Também conhecido como "Água da Vida" , esta bebida tradicional e única no mundo, terá sua história contada em página específica, dedicada a arte dos maltes, em menu específico na página principal do site.

A culinária escocesa

O tipo de alimentação sofre modificações até dentro de um mesmo país, como Brasil por exemplo, onde temos culinárias totalmente diferentes nas Regiões Nordeste e Sudeste. Na Escócia não poderia ser diferente. A cozinha escocesa é bem diferenciada e é rica em pratos a base de batatas, embutidos de porco e peixe. Um prato sem o Hadock não pode ser considerado um "fish and tips" original. O Hadock é um dos peixes mais tradicionais da Escócia e pode ser apreciado em diversos restaurantes do país. As principais cidades são muito bem servidas de excelentes restaurantes e cafés. Boas opções não faltam. O Salmão, abundante nos rios do leste escocês, também é bastante apreciado quando levado ao forno inteiro acompanhado de verduras.

Porém, o HAGGIS é o prato mais característico da Escócia. É semelhante a um prato servido no Nordeste do Brasil conhecido como "Buchada de bode". O princípio é quase o mesmo: Pega-se parte do estômago do carneiro e adiciona-se algumas víceras (fígado, coração e sangue cozido) com bastante tempero, após isso, costura-se o couro e bota para cozinhar. É servido, geralmente, com arroz e batatas. Vale a pena conferir. Eu adorei.

A cidade de Dundee é famosa por sua contribuição na culinária escocesa. Ela é responsável por várias guloseimas deliciosas, tais como o Dundee Cake, um saboroso bolo de frutas secas e grãos, coberto cmo amendoas. Além dele, também tem a famosa Geléia Escocesa de laranja, doce de origem bastante folclórica. Quando o assunto é queijo, destacamos o forte Bonnet e o leve Bonchester.(início)

Principais Cidades.

A Escócia é dividida geograficamente em regiões, mas basicamente pode ser entendida, do ponto de vista turístico, por Terras Baixas (Lowlands) e Terras Altas (Highlands). O país é repleto de cenários estonteantes, de trilhas históricas, castelos medievais e montanhas fabulosas. Começaremos a nossa viagem por Edimburgo, sua capital.

Edimburgo

North Bridge - Foto tirada por Hamilton Alves PessoaÉ uma das cidades mais representativa da Escócia, não só por ser a capital, mas por abrigar um legado histórico formidável. Basta encostar as mãos nas muralhas do Castelo de Edimburgo e fechar os olhos para sentir a história passar em sua mente. O castelo fica numa posição imponente, no alto de uma montanha (Castle Hill), com uma visão estratégica de toda a Velha Edimburgo. Ele também abriga as jóias da Coroa Escocesa. O Castelo fica aberto aos visitantes das 9 am até 5 am, como quase todas as atrações turísticas.

Visitar Edimburgo é fazer uma viagem ao período medieval com direito a tudo. A cidade notadamente se divide em Old Town e New Town, tendo linha limítrofe a Princes Street, principal centro comercial da cidade.

Quando o assunto é história e diversão, a é o centro das atenções. É exatamente uma milha percorrida na High Street e Canongate que liga o Castelo de Edimburgo ao Palácio de Holyrood, e conta ainda com 66 vielas, becos que nos remete à Idade medieval.. Nesta rua e em suas transversais, pode-se encontrar de tudo, como por exemplo, a casa de John Nox, fundador da Igreja Presbiteriana, o Scocth Whisky Heritage Center (www.whisky-heritage.co.uk), com Holyrood Palace, no final da Royal Mile - Foto tirada por Hamilton Alvestodos os detalhes sobre esta famosa bebida, a St Giles Cathedral (High Kirk - Igreja Maior), esta catedral tem uma arquitetura fantástica e em seu interior é possível encontrar os túmulos de muita gente famosa do passado. A visita a esta catedral é um ponto alto da viagem. A Lady Stair's House, casa do século XVII que abriga um museu sobre a obra e vida de Robert Burns, Stevenson e Walter Scott. O Museum of Childhood, um museu fantástico, com entrada gratuita, que revela muitos detalhes e trajes da Edimburgo Medieval. É um passeio imperdível.

No final da Royal Mile, encontraremos o Palácio de Holyrood e o Novo Parlamento Escocês, uma construção nova, aberta com grande festa em 2004, com a presença de Sua Majestade a Rainha Elizabeth II. O prédio do Novo Parlamento é ganhador de vários prêmios de arquitetura na Europa, inclusive o de Prédio do Ano, em 2005.

Nos arredores podemos visitar o Royal Museum of Scotland, construído em 1861. Ovelha Dolly - Foto tirada por Hamilton AlvesLá poderemos ver a ovelha Dolly, um grande salão com vários animais da região empalhados, um pavilhão egípcio e várias outras atrações, dentre elas um relógio exótico, vertical de uns 5 metros, que começa a funcionar por seções e chegar a atrair todas as atenções dos visitantes do museu. O Greyfriars Bobby, que nos remete a história de um Terrier que tomou conta do túmulo de seu dono por 14 anos e encheu de alegria gerações. O Túmulo de Bobby esta ao lado do túmulo de seu dono, na Greyfriars Church. A cidade também é detentora do título de melhor transpônibus do passeio turístico em Edimburgoorte público do Reino Unido. O serviço de transporte público na Escócia é de impressionar, tanto pelo respeito dos usuários, quanto pela educação e profissionalismo de seus motoristas, sempre gentis e pontuais.

Para quem quer ver tudo sem andar muito, é só pegar um dos ônibus de turismo que são adaptados para viagens curtas pelos principais pontos turísticos de Edimburgo, os City Sightseeing Edinburgh. O passeio vale a pena e os ônibus são abertos em cima para proporcionar uma vista ainda melhor para o turista. O ponto de partida é entre a Nacional Galery, uma galeria com um acervo de obras interessantes, e o Princes Garden, na Waverly Street.

Um pouco mais distante do centro, existem atrações imperdíveis, dentre elas citaPinguins no Edinburgh Zoo - Foto tirada por Hamilton Alvesmos o Edinburgh Zoo, um zoológico com vários animais diferentes para nós Brasileiros. Lá existem pinguins de todos os tipos. Eles proporcionam aos visitantes um espetáculo à parte: a "Marcha do Pinguins", quando eles saem voluntariamente e dão um passeio pelo zoológico. Este momento é acompanhado por quase todos que estão por lá. O urso polar também é uma atração à parte, assim como a rua dos felinos e os grandes mamíferos.

Uma outra atração imperdível é o mega aquário Deep Sea WorldHamilton no Deep Sea World - Edimburgo (www.deepseaworld.com). Lá você encontrará de tudo quando o assunto for vida marinha. Acredito que o ponto alto é um passeio dentro de túnel de vidro que passa por dentro de um grande aquário onde existem vários tipos de tubarões, arraias e outros grandes peixes. A emoção aumenta quando os nadadores entram e alimentam os tubarões. O passei é imperdível mesmo.

Além disso tudo, você ainda pode visitar o Royal Botanic Garden, caminhar pela Salisbury Crags e tentar uma subida na montanha Calton Hill, que fica por trás do Palácio de Holyrood. Opções não faltam. (início)

Controle de Qualidade de atrações turísticas -->

As atrações turísticas em toda a Escócia são inspecionadas por órgãos governamentais e entidades turísticas, como por exemplo, o National Tourist Board e o Visit Scotland. As certificações são baseadas no nível da qualidade dos serviços prestados e nas facilidades oferecidas aos visitantes. (início)

 

Glasgow

A cidade mais populosa da Escócia, é a principal "rival" de Edimburgo na área cultural. A cidade é rica em galerias de artes e museus, como por exemplo o St Mungo Museum of Religious Life and Art. Este museu é especialista em acervo de arte religiosa e é inédito no mundo. Ele fica no terreno da Catedral Medieval de Glasgow, construída no século 13.

Outro exemplo é o Museu do Transporte que retrata em detalhes o grande momento industrial vivido pela cidade, que apesar do nome celta Glas Cu ("adorável lugar verde"), sempre se destacou como pólo industrial, chegando a ser a segunda cidade mais importante do Reino Unido. Destacam-se as indústrias de tecelagem, fundição e naval, impulsionadas pelas minas de carvão de Lanarkshire.

Vale a pena visitar a Willow Tea Room, um dos únicos salões de chá projetados por Rennie Mackintosh, o designer mais famoso de Glasgow do século 19.(início)

 

Stirling

Uma das principais fortalezas da Escócia, Stirling foi criada como um burgh real por Davi I em 1130 , tornando-se depois parte do condado de Stirlingshire até 1975 quando este foi transformado, junto com outros, na antiga Região Central e depois na Council Area de Stirling .

Esta cidade importante na história da Escócia, fica na porta de entrada das Highlands e abriga várias fortificações, castelos e importantes campos de batalhas. Também é destaque no cenário nacional por ser a sede do Governo local - Stirling Council, que é uma das 32 áreas da Escócia.

Esta Council Area faz fronteira com Clackmannanshire ao leste, Falkirk ao sudeste, Perth and Kinross ao norte e nordeste, Argyll and Bute ao norte e noroeste, e East e West Dunbartonshire ao sudoeste. O Stirling Council é hoje um exemplo de administração na Escócia.

Castelo de Stirling

Uma das mais importantes fortificações da cidade é o Stirling Castle. Esta fortificação, que hoje é um dos principais ícones da cidade, foi palco de diversas batalhas, e alternou durante muito tempo entre as mãos dos ingleses e dos escoceses. Robert The Bruce foi um dos principais Reis que conquistou e ocupou este Castelo. Em sua homenagem construíram uma estátua dele montando seu cavalo, simbolizando a vitória na Batalha de Bannockburn (1314), a qual abriu caminhos para independência da Escócia.

Este castelo também foi palco do esconderijo de Mary Stuart, quando ainda criança, para evitar ser encontrada por Henrique VIII, que a caçara pelos rincões da Escócia. Mary Stuart foi levada para a França, onde cresceu e casou-se com um nobre francês, visando reforçar a Audi Alliance entre Escócia Hamilton no Wallace Monunment - Espada de William Wallacee França. O resto desta história está contada no início desta página.

Outro cenário importante é o de Stirling Bridge, onde em 1297 o "Braveheart" William Wallace derrotou o exército Inglês e começou a escrever a história da independência da Escócia, que aconteceria a cerca de 3km dali, na batalha de Bannockburn, vencida por Robert The Bruce, em 1314, conforme falado anteriormente.

Wallace monunment - Stirling - Foto tirada por Hamilton Alves

Existe um monumento na cidade chamado Wallace Monument, construção em estilo Vitoriano, que guarda, dentre outros itens, a espada original de William Wallace, com mais de 700 anos. É emocionante ficar perto de tanta história viva. Esta construção em estilo torre funciona como um museu em homenagem a um dos maiores heróis da história da Escócia. Dentro da torre principal existe uma escada em forma de caracol que nos leva à diversas câmaras/salões que narram histórias sobre a vida de William Wallace, utilizando modernos recursos audiovisuais. Nas janelas existem vitrais antigos com pinturas do guerreiro escocês.

Não deixe de incluir Stirling em seu passeio pela Escócia.(início)

 

St Andrews

Esta cidade é tida como a Capital Mundial do Golfe, que é considerado o esporte nacional da Escócia. Vale a pena registrar duas curiosidades sobre o esporte: a primeira versa sobre a proibição do jogo pelo Rei Jaime II, porque ele atrapalhava a prática do arco e flecha, outro esporte muito apreciado na Idade Média. A segundo fala sobre a predileção da Rainha Mary Stuart pelo esporte, inclusive ela foi bastante criticada por ter jogado uma partida de golfe logo após a morte de seu marido.

Para os amantes do Golfe, é possível conhecer ainda mais sobre a história deste esporte, visitando o British Golf Museum, que conta a história do Royal and Anciant Golf Club, o clube de golfe mais atindo da Escócia.

St Andrews ainda ostenta dois outros títulos: A capital universitária mais antiga da Escócia e a capital Eclesiástica. (início)

Callander

A cidade fica numa região chamada Trossachs, uma região belíssima, um parque ambiental e florestal, santuário da vida selvagem, repleto de lagos belíssimos, como o Loch Lomond e Loch Katrine e pequenas vilas aconchegantes, como a vila de Luss, na margem leste do Loch Lomond. Esta região ficou imortalizada na obra A Dama do Lago, de Walter Scott.

Hamilton e Renata no Túmulo de Rob Roy MacGregor - Foto tirada por Ronnie ScotlandNeste cenário, perto do Loch Arklet, nasceu Robert MacGregor (1671), o Rob Roy (Robert Vermelho). Ele era chamado assim por causa da cor vermelha de seus cabelos. Rob Roy ficou famoso por roubar dos ricos e distribuir para os pobres, principalmente para os membros de seu Clã. Uma de suas vítimas mais famosas foi o Marquês de Motrose, que o perseguiu várias vezes, mas ele sempre fugia das prisões, transformando-se em um expert em fugas. Porém, ele foi preso, julgado e condenado por seus delitos. Ele foi libertado e pedoado em 1725 e viveu seus últimos anos em Balquhider, onde está enterrado ao lado da mulher e de dois filhos. O túmulo deles está preservado até os dias atuais.

Na aprazível cidade de Callander está o Rob Roy Visitor Center. Você é remetido à epoca em que Rob Roy viveu, inclusive o visitante pode até usar roupas escocesas da época. Com um sistema de som em vários idiomas, você pode acompanhar o que representa cada painel que ilustram as fases da vida dele. A primeira pergunta do percurso é Rob Roy: Herói ou bandido? Vale a pena dar uma conferida. (início)

Hamilton City

Hamilton e Renata em Hamilton City - Foto tirada por Betty ScotlandÉ praticamente impossível não falar desta cidade, até porque eu tenho o mesmo nome que ela (HAMILTON), fato que me deixou bastante confuso quando a percebi no mapa, por ocasião do planejamento de minha primeira viagem à Escócia, em 2004.

A cidade fica localizada ao sul de Lanark, na posição centro-oeste das Lowlands da Escócia. É a primeira grande cidade quando estamos vindo da Inglaterra. É reconhecida com um grande centro administrativo da região.

Hamilton era chamada de Cadzow, mas foi renomeada em homenagem a James Hamilton, primeiro Lord da família Hamilton. Consequentemente, os principais pontos culturais levam o nome da família, como por exemplo o Hamilton Old Parish Church, uma construção em estilo Georgiano, de 1734. Outra construção histórica é o Hamilton Palace, residência do Duque de Hamilton. Este palácio era muito apreciado pela Rainha Vitória.

Ainda é possível ver as ruínas do Castelo de Cadzow, que fica cerca de 2 milhas do centro da cidade.

Nas futuras atualizações do site eu prometo falar mais sobre outras cidades, pois se eu pudesse, falaria agora sobre cada cidade, cada vila, cada rua deste fantástico país.(início)

Dicas de Passeios

Geralmente a entrada no Reino Unido é por Londres, mas nada impede que você vá direto para a Escócia de qualquer país da comunidade européia. Caso você tenha que passar na imigração em Londres, não se preocupe, desde que você esteja 100% correto, e não esteja infringindo as leis britânicas, será tratado com muita cortesia e paciência pelo agentes da imigração . Eles procuram ajudá-lo de acordo com sua habilidade no Inglês. É importante que tenham dinheiro suficiente para se manter no período de sua viagem e, de preferência, algumas reservas de hotéis ou endereços de contato em casas de amigos, britânicos ou não.

Hamilton na Royal Mile - Foto tirada por Renata AlvesCaso você entre na Escócia por Edinburgo, você conseguirá muitas informações sobre hospedagens e passeios tudo num só lugar. Trata-se do Edinburhg Tourist information Center. Lá você encontratá mapas gratuitos e informações no balcão com profissionais altamente especializados e antenados com tudo o que está acontecendo na escócia inteira. Eles usam um sistema de computador interligado com todas as atrações culturais/turísticas no país, e com isso, você compra em um só lugar os bilhetes para entrar em castelos, consegue hospedagens e até mesmo passagens de ônibus. O serviço para o turista é realmente de excelente qualidade. O Edinburgh Tourist Information Center fica no final da Princes Street, logo após o Scotland Monument, e ao lado da Estação de Trem (Waverly Station).

Falando na Estação de Trem, viajar de trem pela Escócia é muito fácil, confortável e barato. O transporte é pontualíssimo e de Edimburgo você consegue ir para qualquer ponto dentro e fora do país. De qualquer forma, eu gostaria de repassar para vocês alguns passeios que entendo serem imperdíveis. Aí estão eles:

a. Highland Experiense Tours.

(www.highlandexperiense.com)

Este empresa de turismo tem passeios formidáveis e imperdíveis pela Escócia.

1. Loch Ness, Glen Coe and Scottish Highlands (monsters, mountains and massacres)

Hamilton Alves Pessoa no Loch NessEste tour é muito bom. É o dia inteiro viajando pela Escócia. Ele sai às 8h am da Royal Mile, em Edimburgo e segue em direção ao norte, passando pelas montanhas do Condado de Perth, onde paramos para um café e lanche. Continuamos subindo por paisagens de tirar o fôlego, seguindo pelas cidades de Pitlochry e Dalwhinnie. Existem muitas paradas para fotografias e o guia, que também é o motorista da Van, vai contado histórias de cada local por onde passamos.

Passeio no barco Royal ScottFinalmente, após quase três horas de belíssimas paisagens, dependendo da época do ano, com muita neve, chegamos à Spean Bridge, local de onde saímos para um passeio de uma hora no barco Royal Scot, equipado com sonar e tudo mais, pelo Lago Ness. É muito romântico e exótico. O lago Ness em 35km de comprimento, um tamanho assustador para um lago, o que nos remete a pensar em acreditar que um monstro poderia viver ali. Faça a viagem e tire suas conclusões. É incrível!!!!

Hamilton & Renata em Glen CoeVoltando por outro cominho, nós passamos por Ben Nevis, a montanha mais alta do Reino Unido, e por Glen Coe, um vale místico e de uma beleza assutadora, cujas montanhas mais parecem Deuses imponentes a nos olhar lá do alto, muitas vezes branco de neve. Este local foi palco de um massacre que é lembrado até hoje, quando soldados ingleses assassinaram os homens do Clã MacDonald.

Por último, passamos por Stirling, campo de batalha pela independência em 1297, onde podemos visualizar o Castelo de Stirling e o Monumento a Wallace. Retornamos à Edimburgo à noite. A imagens das paisagens ficam na nossa mente por vários meses. Eu indico este tour.

Investimento:

Adulto = 34 libras

Concessões (crianças, estudantes e idosos) = 32 libras (início)

2. Royal Whisky Experiense (dois dias)

No primeiro dia saímos de Edimburgo seguimos viagem para nossa primeira parada no Royal Burgh de Falkland, uma agradável parada numa vila medieval, conservadíssima, sendo um dos lugares favoritos dos monarcas. Seguimos viagem para uma vila de pesadores chamada Arbroath, e paramos para um lanche na lanchonete "Arbroath Smokie". A viagem continua pela região costeira e podemos avistar as ruínas do Castelo Dunnottar. Apos uma rápida parada no castelo, nós pegamos a estrada passando por várias fazendas em Royal Deeside, onde passamos nossa primeira noite.

No segundo dia, começam as destilarias. Viajamos para a Vila de Crathie, onde encontraremos o Castelo Balmoral, quase uma pintura de tão belo e majestoso. Próximo ao castelo, encontraremos a Royal Lochnagar Distillery , onde podemos provar um pouco da "água da vida" - "Uisgue Beatha". A viagem continua para o sul, onde poderemos ficar deslumbrados com as imagens das Montanhas de Glenshee. Após o almoço, paramos numa pequena destilaria para mais uma degustação. Depois continuamos por um caminho que está repleto de outras destilarias e retornamos para Edimburgo. Para os apreciadores de Whisky é uma excelente tour.(início)

3. Outras expedições.

Existem, também, outras expedições para as ilhas do norte, para outras cidades nas Highlands, para Castelos e outras coisas mais da nossa Escócia.

b. Existe, também, a empresa Gray Line (www.greylinescotland.com) que oferece passeios ainda mais detalhados por rotas diferenciadas e com boa infra-estrutura.

Os Highlands Games, que ocorrem durante o Royal Braemar Gathering, reúne toda a magia dos Clãs Escoceses e a essência da cultura, com competições de danças das highlands, concursos de bandas de Gaitas de Foles, e competições esportivas extremamente rústicas, tais como arremesso de troncos de árvores, lançamentos de rochas e tudo mais. Muitas pessoas não deixam de assistir a essa grande reunião cultural na Escócia. (início)